Moscatel
Douro
No panorama vínico nacional não existe produtor mais consensual que a
Niepoort. Qualquer amante de vinhos que se preze já terá porventura
saboreado uma ou várias preciosidades que a Niepoort, ano após anos, tem
vindo a produzir. Quase que podemos afirmar que um vinho da Niepoort é
arte engarrafada.
A longa história desta casa inicia-se em 1842 e com o primeiro Van Der
Niepoort a chegar a Portugal. Começou por ser um negociante de Vinho do
Porto e cedo tornou o seu negócio, num negócio prospero que iria
facilitar, e muito, o trabalho das gerações vindouras.
Embora mantendo-se firme, mesmo com os altos e baixos que o sector do
Vinho do Porto, sentiu em algumas épocas, durante os seus séculos de
existência, a Niepoort sempre sou manter-se na dianteira das fileiras.
Como se não bastasse, na 5ª geração, nasce aquele que viria a mudar tudo
nesta casa secular e também no panorama vínico duriense. Referimos-nos
pois a Dirk Niepoort, um personagem incontornável no mundo dos vinhos,
reconhecido como uma das mais importantes personagens que trabalhou, e
trabalha, em prol do vinho português.
O Dirk Niepoort goza de uma popularidade única e o seu nome é sinónimo
de dinamismo, experimentalismo e sobretudo de um enorme espírito de
sacrifício em prol do Vinho, que não é mais que a sua maior paixão.
Colaborou com várias dezenas de produtores, ajudou-os a melhorarem os
seus vinhos, a compreenderem as suas vinhas. Operou uma revolução na
década de 90 quando nasceu o seu primeiro Robustus, ainda hoje um vinho
mítico no Douro. São celebres as provas em sua casa com inúmeros
enólogos durienses, que viriam também eles a marcar para sempre a
qualidade dos vinhos de mesa do Douro.
Em 2006 cria a marca Niepoort Projectos, onde coloca as suas
experiências, as suas fantásticas experiências em torno de castas pouco
usuais no Douro, como a Chardonnay, a Pinot Noir ou a Riesling, começa a
importar alguns dos melhores vinhos do mundo, da Borgonha ou do Rhône, e
distribui vinhos que adora, de vários enólogos amigos.
Em 2012, inicia um projecto na Bairrada, com a aquisição da Quinta de
Baixo, um sonho antigo, ou não tivesse sido ele quem ajudou os Gonçalves
Faria, os Quinta de Saima ou os Dores Simões a serem bem conhecidos.
Novamente em 2014, a Niepoort adquire a Quinta da lomba em Gouveia e inicia o seu projecto no Dão.
Muitos outros projectos, em praticamente todas as regiões de vinho
nacionais e algumas estrangeiras, tiveram mão do Dirk Niepoort. E como
alguém uma vez disse, Portugal precisava de mais quatro ou cinco Dirk, e
não teríamos hoje vinho para vender.